Nota de Pesar:
Museóloga Lygia Martins Costa
(1914-2020)
O Conselho Regional de Museologia – 1ª Região lamenta profundamente o falecimento da museóloga Lygia Martins Costa, a mais antiga profissional de Museologia do país, ocorrido no dia de ontem, no Rio de Janeiro.
A museóloga formou-se no antigo Curso de Museus do Museu Histórico Nacional – MHN, atual Escola de Museologia da UNIRIO, em 1939. Entre 1939-40, fez o primeiro concurso para conservador de museus (como eram designados os museólogos à época) realizado no Brasil, momento em que ingressa no serviço público, atuando no recém-criado Museu Nacional de Belas Artes – MNBA.
Em 1946, junto com a museóloga Regina Real, articulou a criação da Organização Nacional do Conselho Internacional de Museus (ICOM), a ONICOM.
Em 1952, transferiu-se para o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), sendo a primeira museóloga do Patrimônio Cultural do Brasil. Foi responsável por inúmeros projetos de museus, curadorias de exposições e documentação de acervos. Em 1966, assumiu a Seção de Arte e, em 1972, a Seção de Estudos e Tombamentos do Iphan.
Como docente, atuou como professora assistente de História da Arte e Estética na Escola Nacional de Belas Artes – EBA/UFRJ e professora de História e Crítica de Arte na Universidade de Brasília (UnB), instituição para a qual elaborou projeto de criação de um curso de Museologia, nos anos 1960, com Darcy Ribeiro.
Participou de inúmeros eventos, como a Mesa Redonda de Santiago do Chile, de 1972. Além disso, publicou artigos e livros significativos para os campos da Museologia e da História da Arte, com destaque para seus estudos sobre Aleijadinho e Eliseu Visconti, bem como sobre os bens culturais móveis.
Neste momento de dor, nos solidarizamos com a família de Dona Lygia, bem como externamos o nosso sincero agradecimento por todas suas contribuições à Museologia brasileira e internacional.
Brasil, 12 de Julho de 2020
Diretoria do COREM 1R
Observação: as informações sobre a trajetória de Lygia Martins Costa foram extraídas de texto divulgado pelo Núcleo de Memória da Museologia no Brasil – NUMMUS, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO).